Minha Vida, Minha História


Ficha Técnica

Nome: José Maria Rodrigues Alves
Data de nascimento: 18/05/1949
Posição: Lateral direito
Ponto(s) forte(s): raça e vigor físico
Apelido(s): Super Zé, Cavalo de Aço (nome de uma novela) e Robô.
Clubes que defendeu:  Ferroviária de Botucatu (1963-10966), Associação Portuguesa de Desportos (1967-1970), Vasco da Gama (1968 – emprestado por 3 meses), Sport Clube Corinthians Paulista (1970-1983), Baltimore Blast (1983 - indoor soccer E.U.A),  Internacional de Limeira (1983 – despedida) - Seleção Brasileira (1970, 1974 e 1978)
Desempenho:
Corinthians - 599 jogos, 17 gols e 4 títulos Campeonatos Paulistas (77, 79, 82 e 83).
Seleção Brasileira66 jogos e 1 título (Campeão da Copa do Mundo de 1970).


Minha vida, Minha história
 

Estava no destino do garoto nascido em 18 de maio de 1949, em Botucatu, interior de São Paulo, ser jogador de futebol. Era o sonho do pai, Sr. Durvalino Rodrigues Alves, o Tunga. 
O sonho ganhou forma quando Zé chegou às categorias de base da Ferroviária de Botucatu, em 1963. O bom futebol do jovem lateral chamou atenção de um amigo do pai que o incentivou a buscar um “clube grande da capital”. E a tentativa deu certo! Em 1967, o jogador foi “descoberto” pela Portuguesa, time conhecido por revelar jovens talentos da várzea. Estreou com vitória em um amistoso na cidade de Sorocaba, contra o São Bento.

Durante 3 (três) anos, Zé Maria fez parte da equipe da Lusa, que já contava com Félix, Paes e Leivinha. Lá se destacou, conquistou uma vaga na seleção paulista, foi emprestado por 3 (três) meses ao Vasco da Gama (RJ) e convocado para participar dos jogos das eliminatórias da Copa do Mundo

Em 1970, o jogador fez parte do elenco que conquistou o Tri-campeonato de futebol, no México. Aos 21 anos, Zé Maria foi reserva do capitão Carlos Alberto Torres. A Seleção e seu preparo físico lhe renderam destaque e fez despertar o interesse do Corinthians. Na época, a Portuguesa não quis liberá-lo e uma longa briga judicial entre clubes teve início. Depois de cerca de 8 (oito) meses de uma negociação conturbada, Zé Maria conseguiu desligar-se da Portuguesa transferindo-se para o time do Parque São Jorge.

Era a realização do sonho...de pai e filho: defender a armadura alvinegra.

Zé Maria estreou com derrota no Timão, num jogo contra o Grêmio, pela Taça de Prata. Ali começava uma história de amor, raça e dedicação que durou 13 anos (13 em campo e eternamente fora dele). O desafio no Corinthians era conquistar um título e livrar a torcida de anos de espera por um grito de “é campeão!”.

Capitão em muitas oportunidades e batedor oficial de pênaltis, Zé Maria participou de memoráveis partidas. Era o lateral do Corinthians na derrota para o Palmeiras na final do Campeonato Paulista de 1974. Em 1976 estava em campo na fantástica "invasão do Maracanã", no Rio de Janeiro. Em 1977, enfim, pode comemorar seu primeiro título pelo Corinthians, o de campeão paulista de 77. Além deste, mais três títulos paulistas foram conquistados (1979, 1982 e 1983), além de outros torneios disputados pelo clube.

Em 1983, em plena Democracia Corintiana, Zé Maria foi “eleito” pelos companheiros do time, o novo treinador da equipe. Estreou como treinador no dia 31 de março de 1983 no Campeonato Brasileiro. Fez só dez jogos no cargo. No mesmo ano, Super Zé encerrou sua carreira entrando em campo para uma volta olímpica antes do clássico contra o Palmeiras. Em um estádio lotado, muitos aplausos para o eterno camisa 2, o símbolo da raça corintiana. Dizem que até os palmeirenses aplaudiram de pé.

Pela Seleção Brasileira, atuou em 1974, na Copa da Alemanha, como titular e, em 78, viveu um drama ao ser cortado nas vésperas do Mundial da Argentina, por conta de uma séria lesão. 

Como jogador, atuou, ainda, em algumas partidas de Showbol, nos Estados Unidos e no Inter de Limeira.  Ao “pendurar as chuteiras”, Zé Maria foi eleito, com 33 mil votos, vereador pelo PMDB, em 1983.  Após cumprir seu mandato, Zé Maria deixou a carreira política para se dedicar a projetos sociais, voltados para levar o esporte até as comunidades carentes. Nunca abandonou o futebol, até hoje participa de jogos de futebol master por todo o país.

Casado, pai de três filhos, atualmente, Zé Maria coordena um projeto sócio-esportivo na Fundação Casa, que busca reintegrar menores infratores na sociedade, o que considera sua nova missão.